quarta-feira, 27 de maio de 2009

Em reunião com moradores do Jardim Novo Mundo, Metrô reafirma as desapropriações no bairro.


A Companhia do Metrô, em reunião realizada na terça-feira última, dia 26/05, na sede da empresa, de forma enfática, reafirmou que não mudará o projeto das obras de ampliação da linha 5 - lilás, o que acarretará em inúmeras desapropriações de imóveis no Jardim Novo Mundo.


Na oportunidade, os técnicos do metrô responderam verbalmente as questões formuladas em documento técnico anteriormente protocolado pela Presidência da Associação, que questionava as desapropriações de imóveis no Jardim Novo Mundo, que é zona estritamente residencial, Z1.


O Presidente da AMJA, Luiz Eduardo Cardia (o primeiro de terno preto, na foto) defendeu na reunião que fosse construído o "poço de ventilação e saída de emergência" em outro local, pois a preservação ambiental do Jardim Novo Mundo é importante não apenas pelo bairro, mas sobretudo pela melhor qualidade de vida da cidade.




Em síntese, os técnicos do Metrô afirmaram:


1-) O traçado da linha não pode ser mudado por razões técnicas (necessidade de atendimento da norma internacional - NFPA, que exige distância de até 382 metros do duto até a estação) e por essa razão, não há possibilidade de mudança do local do duto de ventilação e saída de emergência, sendo mantidas as desapropriações no bairro;


2-) Há possibilidade de ocorrer "recalque do solo", acarretando em rachaduras em diversos imóveis no bairro;


3-) Será feita vistoria prévia nos imóveis localizados na área de influência da obra, bem como haverá seguro para cobrir eventuais danos aos imóveis afetados;


4-) O metrô optou por não desapropriar o estacionamento do supermercado "Pão de Açúcar", por entender que não era o melhor local para instalar o duto de ventilação;


5-) Quanto a construir o duto de ventilação e saída de emergência em zona 1, como o Jardim Novo Mundo, os técnicos do Metrô afirmaram que "o bairro não é uma ilha isolada" e que pouco importa estar localizado em zona 1, o que de pronto gerou protesto dos os integrantes da AMJA;


6-) Depois de implantado o poço de ventilação e saída de emergência no bairro, ou será licitado o local para venda ou será o mesmo transformado em uma praça, com plantação de árvores no local;


7-) Será submetido plano viário da obra à CET, com o objetivo de não atrapalhar o trânsito no bairro;


8-) Os técnicos e funcionários do Metrô afirmaram que não receberão mais os moradores em reuniões, pois entendem que já esclareceram todas as questões levantadas pela Associação do Jardim Novo Mundo;


Vale ressaltar que, a Associação de Moradores do Jardim Novo Mundo não concorda com a instalação do "duto de ventilação (respiro) e saída de emergência" em zona estritamente residencial, o que desrespeita a legislação municipal vigente, posto que descaracteriza o conceito de zona 1.


A AMJA estuda tomar medidas judiciais cabíveis, por ação própria ou através de representação ao Ministério Público Estadual, com o objetivo de "contestar as desapropriações de imóveis para instalação do respiro numa zona 1".


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