quinta-feira, 7 de maio de 2009

Realizada Audiência Pública para apresentação do "Estudo e Relatório de Impacto Ambiental" da obra do metrô.




Foi realizada nesta quinta-feira, dia 07 de maio, no Teatro João Caetano,"Audiência Pública para apresentação do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental" (EIA e RIMA), por parte da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e do Conselho Estadual do Meio-Ambiente, em relação a expansão da linha lilás do Metrô.




A Associação dos Moradores do Jardim Novo Mundo - AMJA, esteve representada por seu Presidente Luiz Eduardo Cardia, da Vice-Presidente Maria Luisa Bognetti (Puppy), e inúmeros moradores do bairro, preocupados com as obras.




Outras Associações de bairro estavam presentes, como a de Moema, através de sua Presidente, Ligia Horta, da Vila Mariana, representada por seu Presidente Oswaldo Baccan, a de Cidade Klabin e do Campo Belo, esta, por seu ativo Presidente Antonio Cunha, que falou também em nome de todas as entidades, membros do Conselho Municipal do Meio-Ambiente.




Pela Secretaria Estadual do Meio-Ambiente, foi informado inicialmente que os Estudos de Impacto e Relatório Ambiental se encontram a disposição dos cidadãos no "site" daquela Secretaria, para consulta.




Foi dito também que, há maior suscetibilidade de recalque do solo da região do Jardim Novo Mundo e Moema , isto é, maior possibilidade de alterações no solo, com rachaduras nos imóveis.




De acordo com os Estudos e Relatório de Impacto Ambiental, há as seguintes ações:




Há uma previsão de um periódico monitoramento das obras, para se evitar acidentes.




Serão desapropriados cerca de 245 imóveis, para a realização das obras de expansão da linha lilás do metrô.




Existe um risco de eventuais acidentes geológicos durante a obra, tendo em vista as especificidades do solo de cada região.




O Presidente da Associação dos Moradores do Campo Belo Antonio Cunha, fez um discurso detalhista, sendo muito aplaudido pelos presentes e questionou: "Qual a fundamentação de se existir na legislação municipal a divisão da cidade em zonas?"
Trata-se de uma crítica clara em relação as obras do metrô, que no projeto, prevê a colocação de dutos de ventilção e saída de emergência em zonas estritamente residenciais, como o Campo Belo e Jardim Novo Mundo.




Cunha lembrou ainda que, os poços de ventilação (respiro) e de saída de emergência não poderiam ser instalados em zonas estritamente residenciais, em razão da Lei de Zonamento Municipal.




Após criticar duramente o Metrô, pela falta de informação e debate prévio com os moradores sobre a obra, Cunha propôs a discussão com a sociedade para a escolha dos pontos para colocação dos poços de ventilação e saídas de emergência, possibilitando encontrar alternativas e diminuição das desapropriações.




Foi dito que, o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) não analisou detidamente o impacto ambiental na região.




O Presidente da AMJA, Luiz Eduardo Cardia, fez o uso da palavra e criticou o Metrô pela falta de informações, pela forma que comunicaram os expropriados das desapropriações e ainda reiterou que, no Jardim Novo Mundo há duas praças que poderiam ser usadas para instalação dos poços de ventilação (respiro) e saída de emergência.




Cardia salientou a preocupação dos moradores com a segurança dos moradores, ante as obras do metrô, pois o solo do Jardim Novo Mundo é diferenciado, por ter sido ali um "brejo".




Pediu que fosse realizada uma "perícia técnica prévia", em toda a região do Jardim Novo Mundo, a fim de se resguardar os moradores de eventuais prejuízos por rachaduras em suas casas.




O Presidente da AMJA por fim, lembrou que entregou no dia anterior, um documento técnico elaborado em parceria pelo morador do bairro e engenheiro Charles Frozé, com críticas, questionamentos e sugestões para o Metrô.
A moradora do Jardim Novo Mundo Sonia Cunha, de forma incisiva ressaltou sua indignação pelo fato de ter recebido a carta de desapropriação do Metrô, sem nehum aviso prévio, lembrando inclusive seus laços afetivos com o bairro.




Entre algumas questões respondidas pelos técnicos do Metrô, foi dito que, "o metrô não está sujeito a precatório, em razão de ser Sociedade de Economia Mista, prestadora de serviço público."




De acordo com o técnico do Metrô, "o pagamento das desapropriações será feito levando-se em consideração o valor de mercado dos imóveis."




Respondendo questão formulada pelo Presidente da AMJA, Luiz Eduardo Cardia, o funcionário do Metrô afirmou que haverá vistoria prévia dos imóveis na área de influência da obra.




Estiveram presentes no evento, o Deputado Estadual Carlos Giannazi (PSOL), o Vereador Jamil Murad (PC do B) e o assessor da Subprefeitura da Vila Mariana Emílio Ivo.




A AMJA continuará lutando juntamente com os moradores para evitar as desapropriações no Jardim Novo Mundo, oferecendo outros locais como alternativas para colocação do respiro, bem como zelar para que as obras sejam realizadas sem risco de rachaduras e desabamento dos imóveis.








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